sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Famílias fora da Agencia.

Ficar sentado e esperando alguma família entrar em contato comigo sem que eu pudesse fazer alguma coisa não era algo que me agradasse, ainda mais depois de ver que apenas uma família tinha entrado em contato comigo. Foi ai que eu resolvi tentar achar algum meio de correr atrás das famílias também.
Pensei em vários métodos, mas não consegui pensar e nenhum que pudesse ser eficiente. A agencia me avisou um certo dia que eu poderia entrar num site onde as famílias e os Au Pairs entravam, e lá talvez tentar achar alguém. Entrei no site, me cadastrei e até paguei um mês para que eu pudesse mandar e-mails para as famílias que me interessasse. Depois eu fui descobri que era o famoso GAP (greataupair.com) (e que só se tornou famoso pra mim depois que eu li vários sites em que os Au Pairs falavam sobre ele) onde a maioria dos Au pairs se cadastram antes de ir. Quando vi o site fiquei empolgado achando que através dele iria conseguir conversar com varias famílias, mas de novo me enganei porque ao começar analisar as famílias e adicioná-las, percebi que não era tão maravilhoso assim. As maiorias das famílias que estão no site não estão nem um pouco a fim de fechar com um au pair através da agencia, além de que alguns parecem não querer um empregado, mas sim um escravo.
Eu mesmo já adicionei mais de 100 famílias e pouquíssimas me aceitaram e apenas duas ou três entraram em contato comigo, e dessas que me escreveram nenhuma tinha o menor interesse de fechar com a agencia. Houve uma família que conversei que eu realmente me apaixonei (toda pessoa idealiza uma família e essa era quase o que eu procurava) e torci o máximo possível para que ela aceitasse me contratar através da agencia, mas ela dizia não podia procurar uma agencia porque não podia se comprometer a fechar com alguém por um ano. No momento que vi que ia perder aquela oportunidade que para mim era maravilhosa eu comecei então a pensar em algum jeito de ir sem agencia nenhuma, passei um dia procurando sobre o que eu precisaria fazer para ir sem agencia e no final percebi que não valia à pena, eu iria ter vários problemas e nenhuma segurança sobre a família, talvez seja uma solução futura, mas acho que ainda não é a hora.
Até hoje eu entro diariamente no site com esperanças de conversar com alguma família, sinceramente minhas esperanças de achar alguma família através do site já não esta mais tão confiantes quanto no começo. Mas eu to ai, todo dia entrando e adicionando as famílias, a maioria nega, as poucas que me aceitam não me escrevem e eu vou ainda esperando algum contato seja ele através da agencia, pelo site, ou qualquer outro meio que eu achar ou que me acharem.

domingo, 7 de novembro de 2010

2ª Família

A segunda família apareceu quase 3 meses depois, nesse segundo caso eu já não fiquei tão esperançoso quanto na primeira. No primeiro e-mail ela já dizia que estava interessada em mim e gostaria de saber qual era o melhor horário para me ligar para conversarmos, eu respondi dizendo que a qualquer hora, mas que ela deveria me avisar com um dia de antecedência e que eu gostaria de ver primeiro a documentação dela. Ela me enviou a sua documentação e respondeu dizendo que ligaria no dia seguinte às 20 horas.
No dia seguinte quando o momento já estava chegando eu estava mais tranqüilo, acho que por ter passado o dia tenso sabendo que era o dia da conversa. Quando ela ligou bateu o frio na barriga e eu atendi dizendo “Alô!”, a mulher ficou muda e eu de novo “Alôôôu!!” e ai a mulher começou a falar “Brakhflks..”, não entendi nadinha que ela havia dito a não ser o “Hello!” no começo da conversa , mas claro pensava que ela pediria para falar comigo, o engraçado é que nem meu nome eu consegui entender. Ela começou a falar sem parar, eu a interrompi, porque não estava entendendo nada e pedi para que falasse mais devagar para que eu pudesse entender alguma coisa, ela disse “OK!”, a partir do momento que diminuiu a velocidade foi então que eu entendi tudo que ela dizia, quer dizer, quase tudo porque algumas vezes ela voltava a falar rápido e eu voltava a me perder.
A conversa demorou cerca de uns 20 minutos, o que aconteceu foi que ela explicou por telefone tudo que já havia explicado na documentação, quase nenhuma informação nova, fez algumas perguntas, e essas, eram todas as quais eu já havia explicado na minha carta, então acho que foi mais para ter o que falar comigo ou para avaliar meu Inglês. Ela falou a maior parte do tempo, e eu, quando tinha de responder algo, por estar tão nervoso, acabei usando um Inglês tão básico, com frases mal formadas e sem nenhuma desenvoltura que a mulher deve ter pensado que eu possuía um Inglês precário. Depois que eu desliguei fiquei preocupado, achei que ela não havia simpatizado comigo, eu mesmo percebi que queríamos coisas diferentes, mas no momento achei que fosse só um palpite e mesmo não querendo muito fechar com a família eu fecharia, pois eu estava com pressa de ir logo. Hoje percebo que seria um erro. A família tinha uma forma de viver diferente, acho que não me adaptaria a eles, ela me parecia ter uma família um tanto quanto religiosa e morando numa cidade que nem se compara com São Paulo. Hoje percebo que teria cometido um erro de aceitar, mas minha pressa de ir era tão grande que acabei meio que não refletindo direito, no momento me veio uma euforia de fechar logo com uma família e me passava pela cabeça que apesar de eu não ter gostado muito eu conseguiria me adaptar e relevar os problemas.
Depois da ligação ela disse que enviaria um e-mail com algumas perguntas que ela havia me feito, mas que eu não havia entendido, para que eu pudesse responder. Tinha certeza de ela me enviaria no mesmo dia, mas nunca me enviou, e quando cheguei ao final do dia sem nenhum contato dela percebi que provavelmente ela havia desistido, o que depois foi confirmado, pois ela nunca mais me mandou e-mail algum e nem respondeu o meu onde eu fazia perguntas a ela. Fiquei incomodado mais uma vez, não tanto quanto da primeira vez, pois já esperava que isso pudesse acontecer, mesmo porque, essa família não me agradou muito.
Era uma família que morava em Salt Lake City em Utah, e que tinha dois filhos um de 10 e de 3 anos, minha preocupação seria apenas com o de 3, mas que deveria dar uma certa atenção ao de 10 também. Depois de ler a documentação fui avaliar a família. Para mim o lugar onde ela morava era completamente desconhecido, corri atrás para saber tudo sobre o lugar e a região que ela morava. Não fiquei feliz com o resultado, acho que não teria me dado bem na cidade que é respectivamente bem menor a São Paulo, não há cidades muito próximas para serem visitadas ( a cidade interessante mais próxima é Denver que eu acho ficar a umas 5 horas de viagem), além de parecer uma cidade e a família também, bem religiosos (eu não tenho nenhuma crença então acho que seria um problema para mim). Quanto às condições de trabalho e de vida acho que eram muito boas, eu teria tido celular, carro, uma suíte, conta de celular e a gasolina parcialmente pagas também, mas algo no todo não me agradou, acho que simplesmente não teria me dado bem, e eu também não os agradei, então o que era para acontecer aconteceu, agora o que me resta é apenas esperar a próxima família.